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A vila de Monção, provavelmente fundada no século XIII, fez outrora parte de uma série de praças-forte que guardavam e defendiam esta zona fronteiriça, separada de Espanha pela barreira natural do rio Minho.
Vila atraente e remota, Monção orgulha-se da sua Igreja Matriz, em estilo românico e com um belo portal esculpido, das casas quinhentistas que ladeiam as praças enfeitadas de canteiros de flores, castanheiros e passeios calcetados, e do seu Parque das Termas, densamente arborizado, onde águas de temperatura elevada são usadas para tratar problemas respiratórios e dermatológicos e reumatismo.
Uma das principais atracções de Monção, partilhada com o concelho vizinho de Melgaço, é a Rota do Alvarinho, consagrada ao excelente vinho verde que se produz na região. De sabor delicado e ligeiramente gasoso, deriva de uma casta de uvas brancas cultivadas em encostas graníticas e que beneficiam de um microclima especial.
A maior parte das vinhas pertence a quintas com casas solarengas que foram restauradas e podem ser visitadas, a par das respectivas adegas, durante o itinerário. Um dos locais mais conhecidos é o Palácio da Brejoeira, em estilo neo-clássico, a cerca de cinco quilómetros da vila de Monção, mas há muitos outros.
A Sueste de Monção, o mosteiro de São João dos Longos Vales, erguido num vale fértil e verdejante, possui uma igreja românica do século XII. Rodeada de castanheiros, exibe estranhas figuras esculpidas, como serpentes e símios, nos capitéis exteriores e na ábside do interior.
Em Junho, a colorida Festa da Coca, celebrada no dia do Corpo de Deus, inclui um pitoresco «combate» ritual entre São Jorge e o dragão (a «coca»).
Quanto à gastronomia, uma das especialidades locais é o arroz de lampreia, esse peixe ciclóstomo tão apreciado por alguns, que sabe sempre melhor se for acompanhado pelo vinho verde da região.
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