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A
Mirtilis romana,
Mirtolah árabe ou a portuguesa Mértola, sobranceira ao rio Guadiana, possui um enorme interesse histórico: de facto, esta vila encantadora e de casario branco é como um museu vivo, com os vestígios de diferentes períodos exibidos em áreas distintas.
As origens de Mértola remontam ao tempo dos fenícios, os quais criaram um importante porto comercial, mais tarde aproveitado pelos romanos e pelos árabes. Os seus muitos tesouros podem ser admirados no Núcleo Romano, no Núcleo Visigótico e no Núcleo Islâmico.
A importância do domínio árabe é também visível no Museu Islâmico, o maior da Europa a exibir exclusivamente peças de arte islâmica.
A Igreja Matriz de estilo árabe, perto do castelo (1292), que se encontra bastante deteriorado, é o monumento mais interessante, devido à sua arquitectura invulgar, pois trata-se de uma antiga mesquita que conservou muitas das características originais.
O cenário selvagem do vale do Guadiana possui uma fauna abundante e variada (dá guarida à cegonha negra, à raposa, ao javali, à lebre e à perdiz vermelha, entre outras espécies) e foi designado Parque Natural.
A cerca de 15 quilómetros de Mértola, as minas de São Domingos já foram a principal fonte de emprego na região, mas quando os filões de cobre se esgotaram (1965), a povoação tornou-se quase uma aldeia fantasma, rodeada de um belo cenário verde onde se situa uma pequena barragem que se tornou um local aprazível de pesca e recreio.
Em Mértola, os restaurantes oferecem a boa comida alentejana e também peixe fresco do Guadiana, com destaque para as enguias, o sável e a muge.
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