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Arraiolos



(c) Filipe Moreira / Semantix

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Fundada por volta do ano 300 a.C., a vila de Arraiolos cresceu em redor de um cabeço e foi-se espraiando pelas encostas com as suas típicas casinhas pintadas de branco e com uma faixa azul.

A vila é coroada pelo castelo, do século XIV, e pela enorme Igreja do Salvador, construída no século XVI, rodeados de grandes muralhas.

Vale a pena admirar o pelourinho de mármore de Estremoz, a Igreja da Misericórdia, com os seus azulejos do século XVIII, ou ainda o característico Chafariz dos Almocreves, fonte rural que dava água à população e servia de bebedouro para animais e de lavadouro público na parte de trás.

Perto de Arraiolos, a aldeia de Santana do Campo foi erguida sobre as ruínas de uma antiga cidade romana, e os vestígios de um templo da época, em forma de cruz, ainda podem ser vistos na igreja paroquial.

Outra povoação, Vimieiro, exibe uma interessante Igreja Matriz com ameias e o antigo Palácio dos Condes do Vimeiro, do século XVIII, com um belo jardim e obelisco.

Mas a fama de Arraiolos provém, com toda a justiça, dos seus deslumbrantes tapetes, que decoram solares, palácios e casas de todo o país. Ainda é frequente ver as mulheres a bordar com lãs coloridas à porta das suas casas, quando está bom tempo, ou ao pé da janela em quartinhos sombrios durante o Inverno, dando assim continuidade a uma arte que terá começado com os Mouros, no século XII, e que atingiu o seu máximo esplendor com os motivos florais do século XVIII.

A Câmara Municipal exibe uma riquíssima colecção de tapetes e tapeçarias de diferentes épocas para que o visitante possa admirar a sua beleza, colorido e complexas decorações.

Trata-se, também, de uma tarefa artesanal que exige paciência, pois mesmo uma bordadeira com muita prática leva cerca de 15 dias, a trabalhar oito horas, para bordar apenas um metro quadrado. Por isso, não é de estranhar que os autênticos tapetes de Arraiolos, feitos à mão, sejam bastante caros.

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