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A encantadora e branca vila de Constância surge aninhada entre os rios Tejo e Zêzere, formando uma espécie de península.
Trepando pela encosta sobranceira às águas dos rios, as ruas estreitas da vila exibem arcos e mirantes, e as vielas enfeitadas com flores e impecavelmente limpas proporcionam uma sensação de frescura e tranquilidade.
No cimo, a Igreja de Nossa Senhora dos Mártires, com o tecto pintado pelo grande artista português José Malhôa (1855-1933), oferece ao visitante um panorama deslumbrante.
Constância alimenta a memória do mais célebre poeta de Portugal, Luís Vaz de Camões, que aqui teria vivido durante um breve período (de 1547 a 1550), depois de ter sido exilado da corte por alegado mau comportamento com uma dama.
A Casa Memória de Camões, onde o autor de
Os Lusíadas teria vivido durante esses três anos, foi restaurada e há também uma estátua em sua honra na margem do rio, assim como um jardim com plantas referidas na sua epopeia sobre os Descobrimentos portugueses.
Ainda na vila, vale a pena visitar a Igreja de Santo António e o pelourinho.
Na confluência dos dois rios, as últimas casas de Constância parecem quase formar uma muralha, como se estivessem a defender a vila das enchentes que ocorrem por vezes no Inverno.
Mais a Norte, nos limites do concelho, a grande Barragem de Castelo de Bode jaz entre montes cobertos de pinheiros e eucaliptos e é um local muito procurado pelos amantes da pesca e dos desportos náuticos.
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Constância